Jullian Bergamo é um
padre missionário que realiza trabalhos para a igreja católica. Mas não um
padre comum. Ele é um venator: um membro da igreja especialmente treinado para
caçar e eliminar demônios.
Após ser transferido de
sua antiga comunidade para a cidadezinha de Willinghill, Jullian depara-se com
um caso singular: pessoas mortas levantando-se de suas tumbas e vagando livres
pela cidade. Logo ele conhece a origem do problema: o Mormo, um terrível
demônio necromante que possui cadáveres e os transforma em violentos
mortos-vivos.
Munido com sua fé e
coragem, o jovem padre enfrentará um dos casos mais marcantes de sua trajetória
como venator: eliminar o mormo, enquanto tenta sobreviver às hordas de
mortos-vivos que farão de tudo para devorar cada pedaço de sua carne.
Editora: Cepe
Gênero: Horror, Aventura
Ano: 2014
Páginas: 134
In
nomine Patris
Terror e Ação com muito dinamismo
In Nomine Patris é um livro curto, de leitura rápida e
dinâmica. A história se inicia com um primeiro capítulo excelente, sombrio e
triste — muito sombrio e triste. Esse capítulo criou em mim uma expectativa que
não foi cumprida, pois eu esperava algo mais “suspense” e menos “terror e ação”.
Mas não considero um demérito, apenas um foco diferente do que eu imaginei ao
ler “O garoto Mosley” (sem querer ser repetitivo, mas é um capítulo
fantástico).
“Uma queda de vinte metros que
quebrou-lhe o pescoço como uma cozinheira quebra o de uma galinha antes de leva-la
à panela.”
Seguindo a história, conhecemos o padre Julian, um jovem venator.
Seu ofício é caçar demônios e eliminar sua ameaça, e isso é explicado de uma
forma muito atrativa. A trama é desenvolvida com fluidez, bem escrita e sem monotonia.
O fato de o livro ser pequeno, deixa a leitura bem dinâmica e agradável. O
cenário é sombrio, e a parte mística é muito bem desenvolvida, mostrando uma
boa pesquisa por parte do autor.
“Julian Bergamo era um exterminador
de demônios.
Nascera em uma madrugada sem lugar,
aos socorros das freiras de um convento de Londres.”
Em certo ponto da trama, vemos a mistura de um horror demonológico
com a temática dos mortos vivos. A mesclagem é harmoniosa, e garante sequências
sangrentas e muito tensas. A amizade entre Julian e George também é um ponto
alto, garantindo bons momentos na história.
Algo que me incomodou (um pouquinho só) foi a reação de
George após a tragédia ocorrida com sua família. Entendo que foi em prol da
narrativa, mas gostaria que o seu sofrimento fosse melhor enfatizado.
O cenário de cidade pequena e seus habitantes são muito bem
retratados, e casam muito bem com o clima soturno da trama. Além disso, o livro
está recheado de sequencias de ação bem escritas e empolgantes. Há trechos
sangrentos, mas jamais de mau gosto. A última parte da história é muito bem
conduzida para um final muito interessante, e a possibilidade de uma sequência
é clara, não só pelo “livro I” adicionado ao título, mas pelo teor do texto em
si.
Recomendo muito a leitura, pois é uma ótima história de um
talentoso autor brasileiro.
Conheça as outras obras do autor AQUI.
Esse livro faz parte da Maratona
Literária Digital.
Primeira resenha que leio deste e-books e curti muito os pontos apresentados, acho que é bem o estilo que aprecio e vou dar uma conferida, pois acho que vou gostar. :D
ResponderExcluirBeijos.
www.daimaginacaoaescrita.com
Vale a pena a leitura, e como é curto, quem tem um ritmo mais acelerado lê em 1 ou 2 dias.
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